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Barein
A Igreja e a Perseguição Religiosa
No século III um bispado cristão foi estabelecido no país. Após a chegada do Islamismo, o Cristianismo passou a ser associado aos estrangeiros e não mais aos nativos.
A Constituição afirma que o Islã é a religião oficial e que a lei islâmica é a principal fonte de legislação. A constituição prevê a liberdade de religião e outras leis e políticas contribuíram para a prática livre da religião em geral, a liberdade de consciência, a inviolabilidade de culto e a liberdade para executar ritos religiosos e realizar paradas religiosas e reuniões, de acordo com os costumes observados no país. No entanto, o governo colocou algumas limitações ao exercício desses direitos.
Aos cristãos estrangeiros é garantido o direito à liberdade de culto, porém não é permitida a evangelização de muçulmanos. Ao mesmo tempo, porém, os cristãos e algumas de suas atuações e organizações são extremamente respeitados e bem aceitas, especialmente o Hospital Missionário Americano. Há também uma livraria que vende literatura cristã ao público em geral.
História e Política
O nome do país significa “dois mares” ou “entre dois mares”, em referência aos seus vizinhos do norte e do sul, Irã e Arábia Saudita respectivamente.
O território do Barein é formado por 30 ilhas pequenas no Golfo Pérsico. Devido à sua posição geoestratégica, as ilhas foram cobiçadas por diversos povos ao longo de sua história, que tinham como objetivo o domínio das rotas comerciais na região do Golfo Pérsico. Na realidade, o Barein tem uma história muito mais antiga, que remonta às origens da civilização humana. O arquipélago foi habitado pelo homem desde a pré-história.
No III milênio a.C., foi a sede do império comercial de Dilmun, sobrevivendo durante cerca de 2000 anos. A epopeia de Gilgamesh descreve a ilha principal como um verdadeiro paraíso, onde os heróis tinham o dom da imortalidade. Segundo alguns estudiosos, em Barein se encontrava o bíblico Jardim do Éden. No curso dos séculos, a região foi conquistada pelos gregos e sucessivamente pelos árabes. No século XVI foram os portugueses que se apoderaram do Barein, utilizando as ilhas como escala para o comércio.
Em 1783, Ahmad ibn Khalifa, oriundo da Arábia Saudita, obteve a independência e fundou a dinastia reinante até hoje. No século seguinte, foi a vez da dominação persa e, entre 1810 e 1970, o arquipélago foi um protetorado britânico. Em 1971, foi o primeiro país do Golfo Pérsico a alcançar a independência. Nos anos setenta teve início uma forte expansão econômica e financeira ligada aos grandes recursos petrolíferos. Hoje, o Barein é um país que concilia de forma perfeita a história milenar com a modernidade e o progresso, sendo particularmente interessante para os turistas.
População
Cerca de 50% da população é formada por imigrantes que trabalham na indústria petrolífera. Esses trabalhadores vêm, em maior número, do sul da Ásia e de outros países árabes.
Desses imigrantes, metade não é muçulmana. São cristãos (católicos romanos, protestantes, ortodoxos siríacos e Mar Thoma, do sul da Índia), hindus, baha"is, budistas e siques. A maior parte das pessoas vive nas cidades. A capital, Manama, é a maior delas, com aproximadamente 155 mil habitantes.
Apesar da pequena extensão, o Barein é densamente povoado (mais de 500 habitantes por quilômetro quadrado). As maiores cidades são Manama, a capital, situada no noroeste da ilha principal, e Muharraq, na ilha de mesmo nome. As duas estão unidas por um cais e constituem, na verdade, uma só aglomeração urbana.
A população é árabe na maioria, embora haja uma pequena presença de técnicos europeus e americanos. Uma considerável proporção da mão-de-obra se compõe de trabalhadores imigrantes, na maior parte, egípcios, paquistaneses e indianos.
A religião majoritária é a muçulmana, professada nas variantes xiita e sunita. A população do Barein converteu-se ao islamismo no século VII d.C. Os xiitas, em geral, descendem da população persa que ocupou a ilha no passado, enquanto que os sunitas são árabes e constituem a classe política e economicamente dominante, ligada à dinastia que governa o país.
Economia
Em 1932 descobriu-se petróleo em Awali, no centro da ilha de Barein; a extração, originariamente controlada por empresas americanas, passou em grande parte para a jurisdição da Barein Petroleum Company (BAPCO). A extração de petróleo e de gás natural adquiriu importância fundamental na economia do país. Além de centro produtor, o arquipélago é notável ponto de refinação e embarque do óleo cru procedente da vizinha Arábia Saudita, que o envia ao Barein por um oleoduto submarino.
A riqueza petrolífera estimulou nas ilhas a criação de outras indústrias, como as de cimento e alumínio, além da construção naval, muito enraizada na tradição artesanal do país. As antigas atividades semipiratas dos nativos do arquipélago foram substituídas pelo tráfego de uma moderna frota mercante. Por outro lado, o desenvolvimento das atividades bancárias e de serviços transformou o Barein num dos principais centros comerciais e financeiros do Oriente Médio, fortalecido pela moderna rede de comunicações e importante aeroporto internacional, situado na ilha de Muharraq.